Médicos em serviço dizem-se sobrecarregados e continua morosidade no atendimento

Médicos em serviço dizem-se sobrecarregados e continua morosidade no atendimento
Médicos em serviço dizem-se sobrecarregados e continua morosidade no atendimento

Os médicos em serviço nos hospitais da Cidade de Maputo dizem-se sobrecarregados devido à greve em curso há 12 dias.

 

Já os pacientes pedem que os médicos voltem a trabalhar. A greve dos médicos continua no seu décimo segundo dia, e a prestação dos cuidados de saúde a quem necessita está cada vez mais condicionada nas unidades sanitárias da Cidade de Maputo.

No Hospital Central de Maputo, por exemplo, os bancos dos serviços de urgências estiveram preenchidos, esta quinta-feira. São pacientes que por horas aguardavam atendimento.

 

“O hospital esteve mais cheio hoje e o atendimento está muito lento, mas nada podemos fazer senão aguardar pacientes, sentados nestes bancos”, lamentou Horpa Henriqueta.

 

Há quatro dias, Flávio Luís aguardava um atestado médico após uma mordedura canina, mas sem sucesso.

 

“Eu apenas preciso de um atestado médico, mas só me dizem que devo aguardar sentado aqui neste canto. Estou preocupado, porque nem sei se irei conseguir ter acesso ao documento”, queixou-se o paciente.

 

No Hospital Geral José Macamo, o atendimento é também a meio-gás, mesmo com a alocação de cinco médicos militares.

A unidade sanitária conta com 50 médicos, entre especialistas e de clínica geral. Destes, mais de 30 não se fazem aos seus postos desde o primeiro dia da greve e o trabalho redobrou.

“Todos os serviços do hospital estão a ressentir-se da falta de médicos. A Maternidade está a trabalhar muito apertada. Há um médico por turno, e assim é muito difícil.

No Banco de Socorros, o apoio de médicos militares não é suficiente para dar vazão a todos a tempo e hora, explicou Luís Walle, acrescentando que as consultas externas praticamente não existem, desde o início da segunda fase da terceira greve nacional dos médicos.

Já os pacientes, que antes mesmo da greve já se queixavam de demora no atendimento e consideram agora a situação crítica, pedem aos médicos grevistas que voltem a trabalhar.

Em todo o país, mais de dois mil médicos aderiram à terceira greve nacional.

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