Roger Schmidt terá de fazer história: nas sete vezes anteriores tal nunca aconteceu
O Benfica nunca passou à fase seguinte da Liga dos Campeões depois de perder na primeira jornada. Nas sete ocasiões em que tal ocorreu, o desfecho foi sempre o adeus à possibilidade de chegar longe numa competição que as águias apenas venceram no anterior formato, quando se chamava Taça dos Campeões Europeus.
A primeira vez foi em 1991/1992, no formato experimental da prova, com apenas dois grupos, em que o primeiro se qualificava diretamente para a final. No ano em que os encarnados eliminaram o Hamrun Spartans e depois o Arsenal, o sonho da final esfumou-se perante o poderio do Barcelona, que viria a conquistar o troféu pela primeira vez. Nessa fase de grupos, o Benfica ficou em 3.º lugar, atrás dos catalães e do Sparta Praga, tendo perdido o primeiro encontro diante do Dínamo Kiev, na capital da Ucrânia.
Ainda na década de 90, a derrota na ronda inaugural também trouxe dissabores. As águias perderam na Alemanha diante do Kaiserslautern e terminaram o grupo em segundo lugar, num período em que só o primeiro se qualificava.
Já no modelo mais próximo ao atual, os arranques em falso ocorreram em 2007/2008 (Milan), 2014/2015 (Zenit), 2017/2018 (CSKA, a época em que o Benfica fez zero pontos e teve um score de 1-14 em golos), 2018/2019 (Bayern) e 2019/2020 (RB Leipizig).
Para garantir o apuramento, e depois do desaire de quarta-feira com o Salzburgo, Roger Schmidt terá, portanto, de fazer história, algo que nenhum dos antecessores alcançou – Eriksson, Graeme Souness, José Antonio Camacho, Jorge Jesus, Rui Vitória (duas vezes) e Bruno Lage.