Roberto Rosetti, diretor de arbitragem da UEFA, reafirmou que o VAR só deve intervir no Euro 2024 em casos de “erro claro e óbvio”.
Rosetti explicou que o VAR seguirá o princípio de “mínima interferência para máximo benefício” e utilizará o fora de jogo semiautomático e, pela primeira vez, a tecnologia da linha de golo.
No Euro 2020, adiado para 2021 devido à pandemia de covid-19, o VAR fez 18 correções em 51 jogos, incluindo nove por foras de jogo milimétricos. Rosetti afirmou que, em casos de fora de jogo duvidosos, os assistentes devem manter a bandeira abaixada, a menos que estejam absolutamente certos. O fora de jogo semiautomático tornará as decisões mais rápidas e precisas.
O VAR revisará erros claros e óbvios em quatro situações: golos, ações dentro da área, cartões vermelhos e identidade errada de um jogador. Rosetti destacou a necessidade de árbitros com forte personalidade para tomar decisões em campo.
O Euro 2024 estreará uma bola inteligente com sensores de movimento para fornecer dados precisos em tempo real, ajudando na identificação de toques e reduzindo o tempo de resolução de incidentes como fora de jogo, mãos e penáltis. A tecnologia semiautomática de fora de jogo (SAOT) será implementada com 10 câmaras específicas em cada estádio, rastreando 29 pontos corporais por jogador.
A tecnologia da linha de golo usará sete câmaras para verificar se a bola cruzou a linha, com sinais enviados ao relógio do árbitro. O VAR operará a partir do International Broadcast Centre em Leipzig, com quatro salas de operação de vídeo (VOR). Cada jogo contará com um árbitro de VAR, dois assistentes (AVAR) e três operadores de vídeo.
O Euro 2024, que acontecerá na Alemanha de 14 de junho a 14 de julho, contará com 18 equipas de arbitragem europeias, incluindo uma liderada pelo português Artur Soares Dias.